Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida: nova chance para a classe média.
O Conselho Curador do FGTS aprovou em 15 de abril de 2025 a criação da Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida, garantindo uma nova opção de financiamento habitacional para a classe média. A nova linha, batizada de Minha Casa, Minha Vida – Classe Média, atenderá famílias com renda mensal de R$ 8.000 a R$ 12.000, segmento até então sem acesso a condições especiais do programa. Os recursos destinados à Faixa 4 somam R$ 30 bilhões, sendo R$ 15 bilhões provenientes de lucros do FGTS e outros R$ 15 bilhões captados por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Com essa injeção de capital, espera-se financiar até 120 000 novos contratos de habitação ainda em 2025, ampliando o alcance social do programa.
Na nova modalidade, será possível adquirir imóveis novos ou usados de até R$ 500.000, com financiamento de até 80% do valor total, garantindo maior flexibilidade aos mutuários. O prazo máximo para quitação chega a 420 meses, o equivalente a 35 anos, acomodando diferentes perfis de orçamento familiar. A taxa nominal de juros foi fixada em 10,5% ao ano, abaixo dos 11,5% a 12% praticados atualmente no mercado imobiliário tradicional, tornando o custo do financiamento mais competitivo. Diferentemente das faixas inferiores, a Faixa 4 não oferece subsídio, fazendo com que o mutuário arque integralmente com o valor financiado.
Mesmo trabalhadores que ainda não possuem saldo no FGTS poderão contratar o financiamento, já que a linha utiliza recursos dos lucros anuais do fundo, e não apenas o saldo das contas vinculadas. Além da introdução da Faixa 4, foram revisados os tetos de renda para as demais faixas: a Faixa 1 agora atende até R$ 2.850 mensais, a Faixa 2 até R$ 4.700 e a Faixa 3 até R$ 8.600, ampliando o escopo de beneficiários. A previsão é de que os primeiros contratos da Faixa 4 sejam assinados na primeira quinzena de maio de 2025, com oferta em todo o território nacional. A criação da nova faixa reforça o compromisso de ampliar o acesso à casa própria para a classe média brasileira, dinamizando o setor da construção civil e promovendo inclusão social.
Com informações do G1.
